Para Plotino, o Uno ou o supremo princípio tem uma realidade positiva até mesmo mais profunda que aquela do Ser; não é de modo algum uma abstração. O Ser é uma ordem inferior da infinidade, uma contração ou determinação da infinidade absoluta do Uno.
No tratado V.4.2 Plotino se refere àquilo que é acima do do Princípio Intelectual como «auto-distintivo por completo … a auto-intelecção que, brotando de uma consciência interior, tem lugar… em um modo outro do que aquele do Princípio Intelectual. Em Enéada VI.8.16, ele o denomina um eterno «despertar» (ou uma consciência) que não pode estar separada da totalidade de seus conteúdos indeterminados — conteúdos que não são outros que ou diferentes do contenedor.
John Deck afirma que «o Uno é chamado um eterno super-conhecimento», referindo-se a sua tradução do VI.8.16: «Se agora o ato do Uno não se torna como é sempre, e ;e uma espécie de despertar que não é outro senão o uno que está desperto, sendo um despertar e um eterno super-conhecimento, será no modo que está desperto. O despertar está além de Ser e Noûs e vida inteligente; o despertar é ele mesmo.
Deck se questiona, é isto «um despertar que é um super-conhecimento, ou um despertar que é acima do conhecimento?» Tendo em vista que há outras interpretações, Deck, sinceramente devoto a Plotino, tende a identificar o despertar do Uno com seu super-conhecimento.
Assim conhecimento, conclui Deck, que aparece de um maneira na natureza, mais completo na alma, perfeito no Noûs, não está ausente da natureza superior, o Uno: a continuidade de conhecimento não é abruptamente quebrada na ascensão do Noûs ao Uno. [Anthony Damiani: ASTRONOESIS (Star Wisdom): Philosophy’s Empirical Context, Astrology’s Transcendental Ground]