Daumal (RDBh) – Leis de Manu II

110. Não falar a menos que seja questionado
e não responder a perguntas inadequadas,
— assim, mesmo que saiba, um homem inteligente
comporta-se no mundo como um tolo.

111. Se alguém responde indevidamente
àquele que indevidamente o questiona,
um dos dois ou perece,
ou se faz envergonhado.

112. Onde não houver lei, nem propósito
nem boa vontade para ouvir isso,
A sabedoria (Vidyâ) não deve ser semeada,
não mais que um bom grão em um solo seco.

113. Para um transmissor da Palavra sagrada (Brahman),
mesmo no caso de uma terrível miséria,
é melhor morrer com sua Sabedoria
do que semeá-la em um deserto.

114. Aproximando-se de um brâmane, a Sabedoria lhe disse:
“Sou seu tesouro, guarde-ME,
“Não ME entregue aos invejosos,
“para que eu possa manter toda a minha força;

115 “Mas se encontras um estudante de conhecimento sagrado (Brahmacârin)
“que seja puro e disciplinado,
“ensine-ME a ele, a este (sacerdote) (Vipra, “sacerdote oficiante”, mas…)
“a este vigilante guardião do tesouro”.

116. Mas aquele que, sem ser autorizado
adquire por estudo a Palavra sagrada,
é culpado de roubar a palavra sagrada,
e vai direto para o inferno.

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