O budismo que se implantou no sudeste da Asia e na Indonésia (onde iria ser suplantado pelo islão) é o Therevada, variante do Sthaviravada propagado pelas missões do imperador Açoka. Entretanto, o budismo indochinês continuou ecléctico até ao século XV d. C, quando a ortodoxia Therevada do Sri Lanka (Ceilão) for adotada pelos estados da Indochina. O budismo cingalês adquire toda a sua força no século XI d. C. E interessante constatar que na Birmânia, na Tailândia, no Laos, no Camboja e no Vietname o Buda não seja visto como o pregador da renúncia ao mundo, mas como o cakravartin, o que faz mover a roda do Dharma, o Soberano, daí a simbiose entre o budismo e o poder político. Este ia levar à construção de monumentos edificantes, simultaneamente enciclopédias e meditações em pedra, que resumem a doutrina e o caminho da iniciação que leva ao Despertar.
Perante o colonialismo ocidental, o budismo iria conferir aos povos indo-chineses um sentido inalterável da sua própria identidade, mas ao mesmo tempo ele iria opor-se à modernização inevitável do seu país. Este lento processo de erosão do budismo agravou-se após as revoluções comunistas que eclodiram em vários destes países. Pode-se, pois, afirmar que atualmente o budismo no Sudeste Asiático atravessa uma fase crítica. [Eliade e Couliano]