JULGAMENTO DOS MORTOS
O Julgamento dos Mortos no Irã pré-islâmico
Predominância da preocupação escatológica
O Além está no primeiro plano das preocupações do mazdeano. Esta vida daqui de baixo, suja pelo Assalto das forças do mal, onde perigos evidentes perturbam o fiel a cada passo, é nada mais que um reflexo pálido da vida tal qual deveria ser e tal qual era antes que o ataque do Espírito Mau forçasse Ohrmazd — o Criador — a desenvolver sua criação no mundo material para resistir ao mal e eliminá-lo. Ao final de doze mil anos de luta esta meta será efetivamente alcançada, o mal aniquilado — ou pelo menos banido de dentro da muralha do mundo do bem — a criação será restabelecida em sua pureza primitiva. Na medida de suas forças, o homem deve contribuir para esta meta. A cada humano é designada uma tarefa específica que deve realizar, que realizará o que quer que lhe aconteça e o que quer que faça. Disto, ele será o primeiro beneficiário. Na aurora da Renovação, o primeiro dia do ano que seguirá o último ano do mundo, todo o mundo, ressuscitado, desfrutará de uma felicidade perfeita, os danados eles mesmo serão retirados do inferno: sendo criatura de Ohrmazd, o homem não poderia sofrer danação eterna.
Estas perspectivas escatológicas grandiosas admitem a existência de outras representações relativas a um julgamento particular depois da morte. Este julgamento tem uma dimensão limitada à duração do conflito, a danação não é jamais eterna. Um danado se assemelha muito maus a um prisioneiro das forças do mal que a um condenado. No entanto o julgamento tem lugar e os juízes são representantes do mundo do bem — contradição lógica, mas facilmente concebível em uma perspectiva religiosa.
Soteriologia individual nos Gathas
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Conta cotidiana mantida por Vahouman das ações boas e más
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