Karl: Termina-se onde se iniciou, e nada jamais aconteceu, por toda a jornada, como a estória Zen de domar o boi. Procuras por toda parte e acabas no próximo gole de café, e o que quer que venha em seguida. Em The Ultimate Medicine, Nisargadatta diz o mesmo, tens que procurar em todos os lugares e não encontrando si mesmo em parte alguma, repousas neste não encontrar. Quem sabe quanto tempo vai levar.
Q: Há um atalho?
K: Apenas o próximo gole de café seria o atalho. Preocupe-se e seja feliz! Nunca se sabe. Se dizes isto tem que acontecer, eu diria não. Mas acontecerá se tem que acontecer. Tens que fazer de qualquer jeito, tens que inquirir de qualquer jeito, se gostas ou não. Até mesmo compreender não ajuda. Tens que ir por tudo o que tem que acontecer de qualquer jeito. Mas se me perguntas se é necessário, te diria que não. Mas assim mesmo tens que fazê-lo.
Q: Então inquirir cai nesta categoria de algo que podes ter que fazer mas…
K: Não, tens que fazer! Não há momento presente sem inquirir. Não há realização sem inquirir. A consciência tem que inquirir. A consciência não pode parar de procurar pela natureza da consciência. Não há saída.
Q: Não há diferença entre estar em um pub e ser um buscador.
K: Há uma diferença, mas não faz diferença. Ambos são inquirir. Quem está bebendo tenta ter repouso com a bebida, e tu tentas ter repouso em meditação. Ambos são intenção de felicidade ou paz. Mas por nada disto podes encontrar paz. Há diferenças entre quaisquer experiências, como fazes, ou te experiencias, mas de novo não fará nenhuma diferença. Mas ainda assim há diferenças entre entre si, posto que a ressaca do álcool pode ser diferente da ressaca da meditação. Mas ambos criam ressacas, de tipos diferentes.