tradução
P: Qual é a diferença entre o ‘eu’ que tem uma estória e a com-ciência [awareness]?
K: O ‘eu’ é o definidor, definindo ter ou não ter uma estória. Tempo ou não-tempo, ele precisa que se defina tempo e não-tempo, presença ou ausência de um ‘eu’. Precisa de um ‘eu’ para não estar presente. Que existe um “eu” que não está presente; precisa de um ‘eu’ que não está aí, ainda para estar aí. Ainda precisa de alguém que experimente que não há um “eu”. Portanto, mesmo na ausência de um ‘eu’, existe um ‘eu’. Quando Deus se toma como uma história relativa, ele se torna um jiva. Mas ambos são estórias relativas. O pessoal ou o impessoal são estórias relativas de uma estória pessoal ou impessoal, porque há “alguém” que tem uma estória. E ao aceitar a estória pessoal e a impessoal, tu és Isso, e esse é o fim da estória! Fim da estória, porque não há começo nem fim, e sem começo e fim, não há estória.
P: Queres dizer quando não há conceitos sobre impessoal ou pessoal, não-estória ou estória?
K: Nenhum conceito ainda é um conceito.
P: Quando falo, não sei mais o que dizer. Quando não há sequer uma ideia de não-conceito ou nenhuma ideia de conceito, nenhuma ideia ou não-ideia sobre nada …
K: Podes levar isso ao infinito – não, não, não … mas ainda precisa de alguém que o defina.
P: Então, estás dizendo ‘isto’ desaparece …
K: Não. Não há como desaparecer porque nunca houve algo assim, esse é o problema. Há uma ilusão de jogo de separação da estória do ‘eu’. Mas nunca esteve aí. Nunca houve realidade nisso. Nunca esteve vivo; não havia vida assim. Então, não é como se desaparecesse, nunca esteve aí. Aquele que diz que é uma ilusão, é uma ilusão. A vida é – só isso! E não existe a chamada visão através da ilusão e agora eu consegui.
É por isso que esse indicador de profundo sono profundo é indiferente a tudo, porque existes sem nada – não, não, não. Não há necessidade de qualquer definição ou não-definição. Portanto, a indicação é que existes sem qualquer definidor. Tua existência nunca exige qualquer definição ou entendimento ou conhecimento ou não-conhecimento. Tudo o que podes dar um nome, moldura ou definição nunca pode te fazer Isso – o que nunca precisa de nada.
Original
Q: What is the difference between the ‘me’ that has a story and the awareness?
K: The ‘me’ is the definer, defining having or not-having a story. Time or no-time, it needs that one who defines time and no-time, presence or absence of a ‘me’. It needs a ‘me’ to be not present. That there’s a ‘me’ that’s not present; it needs a ‘me’ who is not there, still to be there. It still needs one who experiences that there is no ‘me’. So even in the absence of a ‘me’ there is a ‘me’. When God takes himself as a relative story, he becomes a jiva. But both are relative stories. The personal or the impersonal are relative stories of a personal or an impersonal story because there is ‘one’ who has a story. And by accepting the personal and the impersonal story, you are That, and that is the end of story! End of the story because there is no beginning and no end, and without a beginning and end, there is no story.
Q: You mean when there are no concepts about impersonal or personal, no-story or story?
K: No-concept is still a concept.
Q: When I speak, I don’t know how else to say. When there is not even an idea of no-concept or no idea of concept, no idea or noidea about anything…
K: You can take that to infinity – no, no, no… but it still needs one who defines it.
Q: So, you are saying ‘this’ disappears…
K: No. There is no disappearing because there was never anything like that, that’s the problem. There is an illusion of separation game of the story of the ‘me’. But it was never there. There was never any reality in it. It was never alive; there was no life like that. So, it is not like it disappears, it was never there. The one who says it is an illusion, is an illusion. Life is – that’s all! And there is no so-called seeing through the illusion and now I made it.
That’s why this pointer of deep-deep sleep, there is a total carelessness of anything because you exist without any – no, no, no. There is no need of any definition or no-definition at all. So, the pointer is that you exist without any definer. Your existence never demands any definition or understanding or knowing or not knowing. Whatever you can give a name or frame or definition can never make you That – what never needs anything.