Segundo editorial da notável revista LA PUERTA, em número dedicado ao EGITO ANTIGO, no segundo século da era cristã Hermes escreveu em grego a extraordinária profecia que transcrevemos a seguir e provavelmente na mesma época Plutarco compunha seu célebre tratado DE ÍSIS E OSÍRIS. O Cristianismo apenas nascia no mundo judeu-grego.

Acaso ignoras Asclépio, que Egito é a imagem do céu, o melhor dito o lugar em que se transferem e se projetam aqui em baixo todas as operações que governam e que põem em ação as forças celestes? Ainda mais, se há de se dizer toda a verdade, nossa terra é o templo do mundo inteiro.No entanto, posto que convém aos sábio conhecer com antecipação todas as coisas futuras, há uma que é necessário que saibas. Virá um tempo no qual parecerá que os egípcios honraram seus deuses em vão, na piedade de seu coração, num culto assíduo; toda sua santa adoração fracassará; ineficaz, será privada de seu fruto. Os deuses deixando a terra, regressarão ao céu, abandonarão Egito; este país que foi outrora a morada das santas liturgias, agora sem seus deuses, não gozará mais de sua presença. Os estrangeiros encherão este país, esta terra, e não só não se inquietarão das observâncias, senão que, o que é mais grave, será estabelecido por pretensas leis, sob pena de castigos prescritos, o abster-se de toda prática religiosa, de toda prática de piedade ou de culto dos deuses. Então esta terra santíssima, pátria de santuários e de templos, estará toda coberta de sepulcros e de mortos. Ó, Egito, Egito! de teus cultos não restarão mais que fábulas, e teus filhos, mais tarde deixarão inclusive de crer neles; não sobreviverão mais que palavras gravadas sobre pedra que narraram tuas piedosas façanhas. (Asclépio, §24)

Concluindo este excelente editorial, se afirma: «quando um povo perde a seus sábios conhecedores e realizadores, a tradição se resseca em forma de letra morta, de rituais exteriores, que, pouco a pouco, se alteram por causa da ignorância de seus guardiões. (…) Posto que os sábios que escreveram a tradição e instauraram os rituais e suas imagens desapareceram, não resta ninguém para vivificá-los e explicá-los aos homens. Esta é a origem das «superstições», palavra que significa precisamente «o que subsiste de uma coisa», tal e como os ossos da pessoa subsistem depois dela».


Perenialistas: Jean Hani; Fernand Schwarz; Jean Robin

El simbolismo de que se trata (Centro do Mundo) se encuentra particularmente entre los antiguos egipcios; en efecto, según Plutarco, “los egipcios dan a su país el nombre de Khemia 1 , y lo comparan a un corazón” 2 . La razón que da este autor es bastante extraña: “Ese país es en efecto cálido, húmedo, está contenido en las partes meridionales de la tierra habitada, extendido a mediodía como en el cuerpo del hombre el corazón se extiende a la izquierda”, pues “los egipcios consideran el Oriente como el rostro del mundo, el Norte como la derecha y el Mediodía como la izquierda” 3 . Éstas no son sino similitudes harto superficiales, y la verdadera razón ha de ser muy otra, puesto que la misma comparación con el corazón se aplica generalmente a toda tierra a la cual se atribuya carácter sagrado y “central” en sentido espiritual, cualquiera fuere su situación geográfica (v. Terra Santa). Por lo demás, según el mismo Plutarco, el corazón, que representaba a Egipto, representaba a la vez el Cielo: “Los egipcios — dice — figuran el Cielo, que no puede envejecer porque es eterno, por un corazón colocado sobre un brasero cuya llama alimenta su ardor 4 . Así, mientras que el corazón se figura por un vaso que no es sino el que las leyendas del Medioevo occidental designarían como el “Santo Graal”, es a su vez y simultáneamente el jeroglífico de Egipto y del Cielo. (OS GUARDIÕES DA TERRA SANTA)


Caminhantes: Schwaller de Lubicz; John Anthony West


NOTAS:

1 Kêmi, en lengua egipcia, significa ‘tierra negra’, designación cuyo equivalente se encuentra también en otros pueblos; de esta palabra proviene la de alquimia ( donde al- no es sino el artículo árabe ), que designaba originariamente la ciencia hermética, es decir, la ciencia sacerdotal de Egipto.
2 Isis y Osiris, 33; trad. francesa de Mario Meunier, pág. 116.
3 Ibid., 32, pág. 112. En la India, al contrario, el “lado de la derecha”( dákshina ) es el mediodía, pero, a pesar de las apariencias, viene a ser lo mismo en ambos casos, pues debe entenderse por ello el lado que uno tiene a la derecha cuando mira hacia oriente, y es fácil representarse el lado izquierdo del mundo como extendido hacia la derecha del que lo contempla, e inversamente, como ocurre para dos personas situadas frente a frente. (v. Direções do Espaço)
4 Isis y Osiris, 10, pág. 49. Se advertirá que este símbolo, con la significación que aquí se le da, parece poder vincularse con el del Fénix.