A história de Gênova na Idade Média é primordialmente a de seus êxitos comerciais e mercantis e a de suas rivalidades com outras cidades italianas, sobretudo Pisa e Veneza, para o controle do comércio mediterrâneo. Sua prosperidade já estava em ascensão antes das Cruzadas, mas sua grande oportunidade chegou com a Primeira Cruzada, em consequência da qual obteve privilégios especiais em Acre. A cidade cresceu rapidamente, em população (estimada em cerca de 100.000) e em influência política (a maior parte da Ligúria, poder efetivo nas ilhas de Córsega e Elba, privilégios na Sicília normanda), no decorrer do século XII. Com o retrocesso da causa motivadora das Cruzadas e sua derrota final, Gênova procurou uma compensação em outras regiões. Consolidou seu domínio no comércio com o Mediterrâneo ocidental e (apesar de sérias perdas para os venezianos) ampliou suas atividades no renovado Império Bizantino depois de 1261, instalando colônias e feitorias no Mar Negro, na foz do Danúbio e na Crimeia, abrindo assim o caminho para o comércio com os mongóis. O final da Idade Média assistiu ao declínio gradual de Gênova e sua ocasional dominação política por outras potências, se bem que a Córsega permanecesse sob sua autoridade até fins do século XV. (DIM)