(do latim paganus, aldeão, homem do campo) Termo geralmente aplicado às religiões politeístas, se bem que, durante a Idade Média, referia-se também, com frequência, a religiões monoteístas não-cristãs (Islamismo e Judaísmo).

O paganismo clássico persistiu até o século VI e outros importantes cultos pagãos incluíram os deuses teutônicos dos povos germânicos e o Aesir dos vikings. O avanço do Cristianismo flutuou em toda a Europa, com ocasionais recaídas e incursões pagãs; a Lituânia foi o último baluarte pagão, convertido em 1386. A magia e o ocultismo, frequentemente associados a religiões pré-cristãs, persistiram, porém, durante toda a Idade Média, mesmo num contexto cristão, e o Cristianismo absorveu e adaptou frequentemente locais, festividades e práticas pagãos para facilitar a conversão; a fusão inicial produziu amiúde interessantes culturas híbridas.

A introdução humanista medieval das obras de autores pagãos clássicos (Platão e Aristóteles) e de escritos judaicos e islâmicos provocou muita polêmica, sobretudo durante o século XIII, e contribuiu de forma significativa para o pensamento medieval. (DIM)