Original
Commentaire au Tao Te Ching I
On ne peut déterminer le Tao, ni en lui donnant un nom ni en lui appliquant une conception intellectuelle de l’humanité. Le fait de croire le Tao déterminé dans son esprit [tant, du moins, qu’on n’a pas reçu et scruté et digéré en soi la doctrine] est une preuve qu’on ne le comprend pas, et qu’on ne peut le suivre […].
Quand le Tao n’a point de nom, c’est-à-dire quand, au point de vue de la stase humaine, il n’existe pas, alors il est vraiment lui-même, c’est-à-dire l’origine unique et puissante du Ciel et de la Terre [ou des deux perfections : Ciel, perfection active, Terre, perfection passive]. Cette origine est unique, puisque le ciel et la terre ne sont point séparés par le don de l ’existence ; cette origine est puissante, puisque rien ne peut ne pas sortir d’elle ; cette origine est obscure, puisque rien n’est encore sorti d’elle ; il faut ajouter que la toute-puissance de l’origine n’est qu’autant qu’elle n’est pas encore manifestée, car elle est alors toute-puissante de produire Tout, et dans le moment de la Conception de l’Idée, elle produit Rien ; et on ne pourra plus dire cela quand elle aura commencé à produire.
Elle commence à produire quand elle a un nom, quel qu’il soit, qui lui puisse convenir, et elle produit Tout ; mais elle est la Mère, c’est-à-dire que la conséquence de la Volonté du Ciel a féminisé la Puissance. Dès lors, elle Est et elle n’Est pas.
Tradução
Não podemos determinar o Tao, nem dando-lhe um nome, nem aplicando-lhe uma concepção intelectual da humanidade. O fato de crer o Tao determinado em seu espírito [ao menos, enquanto não se tenha recebido e escrutado e digerido em si a doutrina] é uma prova de que não se a compreendeu, e que não se pode segui-la […].
Quando o Tao não tem nenhum um nome, ou seja, quando, do ponto de vista da estase humana, ele não existe, então ele é verdadeiramente ele mesmo, ou seja a origem única e poderosa do Céu e da Terra [ou das duas perfeições: Céu, perfeição ativa, e Terra, perfeição passiva]. Esta origem é única, posto que o céu e a terra não estão separados pelo dom da existência; esta origem é poderosa, posto que nada pode não sair dela; esta origem é obscura, posto que nada não saiu ainda dela; é preciso acrescentar que a plenipotência da origem só é tal na medida em que ela ainda não se manifestou, pois ela é então plenipotente de produzir Tudo, e no momento da Concepção da Ideia, ela produz Nada; e não se poderá mais dizer isso quando ela tiver começado a produzir.
Ela começa a produzir quando ela tem um nome, qualquer que seja, que lhe possa convir, e ela produz Tudo; mas ela é a Mãe, quer dizer que a consequência da Vontade do Céu feminizou a Potência. Desde então, ela É e ela não É.