NADIDADE — MORRER
VIDE: thanatos; Morte
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Evangelho de Jesus: DESPERTAR MORRER RENASCER
Thomas Merton: MORRER PARA VIVER EM CRISTO
Roberto Pla: Evangelho de Tomé – Logion 85
Daqueles que, por esta difícil transferência da consciência, alcançam a vida verdadeira e sem sombra da eternidade, se diz que “não saborearão a morte até que vejam vir ao Filho do homem, ou também: “até que vejam vir com poder o Reino de Deus”.
Sobre esta doutrina evangélica da necessária morte da alma como única via prévia para a vida eterna, há abundante informação neotestamentária, porque constitui o selo fundamental da Boa Nova. Se Jesus consumou a morte em seu corpo de Cristo manifesto, uma morte anunciada e promovida no plano de Deus, cumpriu com isto em paradigma o processo salvífico que é não em corpo senão em alma, embora as vezes também em corpo, corresponde a cada homem para converter em manifesto, em vida ressuscitada, o Cristo oculto que nele mora (v. Messias).
Acerca de ambas classes de morte para “glorificar a Deus”, a que requer o concurso da morte física e a que se basta com a morte da alma — mais cruenta e primeira, mas não menos atribulada a segunda — se pronuncia conjuntamente o quarto evangelho quando da última aparição de Jesus nas bordas do mar de Tiberíades. A Pedro revela Jesus muito explicitamente a classe de morte que ia sofrer para consumar assim em seu corpo, ademais de em sua alma, a manifestação do Cristo oculto; mas a João, “embora correu entre os irmãos” a voz de que havia dito o Mestre que “não morreria”, não foi isso em verdade o que Jesus o disse, senão que presenciaria “em vida”, antes de morrer corporalmente, a Vinda do Cristo que só exige como obra prévia a morte da alma, pois após ela se revela como manifesto o Cristo oculto.
Isso o explica muito bem Paulo Apostolo em várias ocasiões:
Por último cabe recordar aquele EXCERTOS DE TEODOTO que foi recompilado por Clemente de Alexandria:
“Aquele a quem Cristo regenera é transferido à Vida, e estes regenerados morrem par o mundo mas vivem em Deus, a fim de que a morte seja aniquilada pela morte e a corrupção pela ressurreição”.
Renascença
Juan Luis Vives
Destruídos ou tornados deficientes os instrumentos, a vida cessa e sobrevêm a morte, do mesmo modo que, deteriorados ou perdidos o martelo, bigorna, tenazes e outras ferramentas de uma fábrica, esta cessa e o fabricante fica inativo. É, pois, a morte “a falta dos instrumentos da alma, pelos quais a vida se prolonga”. Separa-se a alma, não por alguma desproporção entre ela e o corpo, como tampouco os unira mutuamente qualquer proporção ou correspondência. Entre mim e a pena com que escrevo não existe proporção alguma, a menos que se pretenda haver congruência entre o artífice como tal e o instrumento hábil de que se serve, coisa que não discutirei. (…)
Porém a morte do animal diferencia-se da do homem em que a alma daquele, do mesmo modo que o vigor de nossos sentidos, perece totalmente na morte, ao passo que nossa alma sobrevive a seu cadáver. Por isso podemos definir a morte do homem: “É o ato de desunir-se ou separar-se a alma do corpo”.
Gurdjieff: DESPERTAR MORRER RENASCER
Ouspensky: DESPERTAR MORRER RENASCER
Vedanta
Sri Ranjit Maharaj: MORRE ENQUANTO ESTAIS VIVO