Morte

HOMEM — MORTE

VIDE: EXTREMA-UNÇÃO; RASCOOARNO

Uma das interrogações maiores às quais diferentes sistemas religiosos ensaiaram responder: o que sucede ao homem após a morte? Qualquer tentativa de cobrir tema tão vasto, quanto mais em páginas Internet, de maneira satisfatória é impossível. Deste modo escolhemos apenas alguns aspectos, de tradições privilegiadas neste site e de outras superficialmente tratadas, para reunir o que encontramos de significativo sobre a “questão da morte”. A começar pelas considerações de René Guénon sobre a “morte antes da morte”, ou a “morte iniciática”, e o desdobramento dos eventos quando da morte.

René Guénon:

  • MORTE INICIÁTICA
  • ESTADOS PÓSTUMOS

    Ananda Coomaraswamy

    Cuando Muerte, la Persona en el Sol, el Soplo, abandona su sede en el corazón y parte (utkramati), nosotros somos «cortados». De aquí, con referencia a los dos sí mismos de Aitareya Áranyaka II.5, etc., la pregunta de Prasna Upanishad VI.3, «Cuando yo parta, ¿en cuál (sí mismo) estaré yo partiendo (utkrantah)?».

    Pierre Gordon: A IMAGEM DO MUNDO NA ANTIGUIDADE

    A imagem antiga do mundo se apoia sobre esta ideia subjacente que o homem sobrevive depois do que denominamos a morte. A origem desta noção fundamental não foi jamais claramente compreendida até aqui porque se raciocinou como se o ser humano, lançado desde o início no universo das sensações, tivesse que imaginar todas as peças de um outro mundo e descobrir índices atestando a existência real. Esta teoria é estranha aos fatos. A certeza absoluta da imortalidade preexistiu à experiência da morte. Em outros termos, o homem de modo algum partiu da morte para alcançar — por uma série de hipóteses, de intuições ou de especulações (repousando antes de tudo sobre os sonhos) — à ideia incerta de uma sobrevivência. Ele se instalou, de pronto, graças à iniciação, no oceano da vida eterna; e a morte lhe apareceu, por aí mesmo, como uma coisa acidental, decorrente de maya, mas não afetando de modo algum sua própria natureza. Ou seja, a certeza da sobrevivência é a resultante, desde o começo, de que o homem em sua realidade verdadeira é um super-homem. Para o primeiro ancestral, alias para o primeiro-homem, eis aí uma evidência experimental. Seus descendentes se beneficiaram desta evidência graças aos ritos e às disciplinas iniciáticas, que restauravam neles o estado de super-homem, e, por esta via, os tornavam mestres da morte. A noção de sobrevivência é portanto tão primitiva quanto a humanidade, e as gerações longínquas, por conta de sua mentalidade ontológica, não tiveram que se debater sobre este ponto em nossas hesitações. Ninguém ignora de que maneira a certeza primitiva foi restaurada a este respeito, pelo fundador do cristianismo, que a apoiou conforme os princípios da nova iniciação, sobre uma experiência não mais ontológica e transcendente, mas espaço-temporal.

    Jean Tourniac: VIDA PÓSTUMA E RESSURREIÇÃO


  • MORTE — SÍMBOLOS
  • LIVROS DOS MORTOS
  • ARS MORIENDI
  • VIDA APÓS A MORTE
  • JULGAMENTO DOS MORTOS
  • NECROMANCIA
  • MEDITAÇÃO SOBRE A MORTE
  • Perenialistas – Referências