O Alcorão afirma repetidamente que todas as coisas são “sinais” (dyat) de Deus, ou seja, que tudo dá notícias da natureza e da realidade de Deus. Como resultado, muitos pensadores muçulmanos, especialmente os cosmólogos, veem tudo no universo como um reflexo dos nomes e atributos divinos. Esses nomes e atributos representam qualidades, como majestade, beleza, vida, conhecimento e assim por diante. Portanto, a dimensão qualitativa das coisas — na medida em que pode ser diferenciada da dimensão puramente quantitativa ou “material” (no sentido de hílico, ou simplesmente potencial) — é de interesse primordial. Com relação à semelhança, as qualidades da criação nos dão notícias dos atributos divinos, embora, com relação à incomparabilidade, elas anunciem que Deus é totalmente outro. Na medida em que demonstram similaridade e nos dão conhecimento da Realidade última, os sinais de Deus estabelecem analogias qualitativas entre as coisas criadas. Essas analogias fornecem os meios para discernir as relações — muitas vezes relações bastante ocultas que não fazem sentido em termos de categorias modernas — entre as coisas e entre as coisas e Deus. (TaoIslam)
Murata (TaoIslam) – Sinais de Deus
- Affifi (29) – Ser Absoluto – Realidade – Existência
- Belos Nomes
- Cattani – Assunção Celeste
- Chattick (SDG:xix-xxi) – Existência e Inexistência
- Chattick (SDG:xxi-xxii) – Tanzih e Tashbih
- Chattick (SDG:xxii-xxiii) – Modos de Conhecimento
- Chittick (SDG:xvii-xix) – nomes e atributos divinos
- Chittick (SPK) – duas denotações dos nomes divinos
- Chittick (SPK) – poder de transmutação (tahawwul)
- Chodkiewicz (MCOR) – literalidade das escrituras