Annemarie Schimmel: The Mystery of Numbers
Noventa e nove usualmente aparece em contraste com a unidade absoluta, ou também como algo ainda não perfeito. Todos conhecemos a parábola da Ovelha Perdida que era a mais querida para seu dono do que as outras 99. Na Tradição Cristã, 99 também exprime as ordens dos Anjos até a unidade de Deus. A mesma ideia sublinha os 99 Nomes Mais Belos de Deus no Islame, todos os quais apontam para a unidade compreensiva inerente no abarcante Nome Supremo. Mais tarde o Islame também desenvolveu a ideia que há 99 nomes do Profeta. A antiga igreja cristã lê a palavra Amem (1 + 40 + 8 + 50) como 99, mas na tradição islâmica, onde o e é substituído por um i, contaria como 101.
Noventa e nove pode ser usado como um número que circunscreve. Os poetas sufis pedem por 99 beijos mais um, e o antigo herói árabe Shanfara promete matar 100 inimigos mas é esquartejado pelo 99; entretanto, uma lasca dos ossos de Shanfara o ferem, e ele também morre, assim completando o número 100.