Mario Satz: O TESOURO INTERIOR [MSTI]
Para os chineses, o ideograma Kin, que simboliza o ouro, representa também o perfeito. Na Índia, é clássica a ideia de que o precioso metal encarna a luz, é a luz em forma mineral. Em certas outras culturas como, por exemplo, a egípcia, a carne dos deuses era de ouro. Os ícones bizantinos e russos, assim como os retábulos e altares barrocos, eram plenos de ouro posto que plenos de luminosa fé. Para os alquimistas, que buscavam transmutar os metais não-nobres em ouro, através do amadurecimento consciente, o objetivo final era o estado crítico, a conquista da suprema homologia solar: aquela do Logos Radiante e Criador. Para os brâmanes, o ouro é a “imortalidade”, enquanto que, para Angelus Silesius, a conversão de chumbo em ouro equivale á transformação do homem em Deus pelo próprio Deus.