Em textos de tendência filosófica, como os do Vedânta e do Yoga, que incluem análises psicológicas, éticas e soteriológicas, a palavra samskāra deve ser entendida no sentido de impressão residual, resíduo dinâmico inconsciente, tendência ou disposição adquirida como resultado de atos do corpo, da fala ou do pensamento, realizados tanto em vidas anteriores quanto na vida atual. A partir dessa perspectiva, que é a da lei de karman e, em grande parte, a dos “renunciantes”, não são mais apenas os atos “sacramentais” realizados por outra pessoa que moldam o ser humano; é o próprio indivíduo que determina sua condição e faz seu destino futuro por meio de sua conduta e de suas experiências anteriores. Essas experiências, ao buscarem naturalmente se repetir, instalam aptidões e hábitos em nós. Essas energias e sinergias latentes são chamadas de samskāra e, portanto, são fatores tanto de conservação quanto de reiteração. Por mais que olhemos para o passado, não encontramos um começo para elas e, como tendem a ser constantemente reconstituídas, por definição não podemos atribuir-lhes um fim. Eles são o motor de uma transmigração indefinida: samsāra. [NP2]
samskāra
TERMOS CHAVES: samskara