Schuon (FSRMA) – Diálogo entre helenistas e cristãos

Como a maioria das polêmicas entre tradições, a polêmica entre o helenismo e o cristianismo foi, em grande parte, um falso diálogo. Como cada um estava certo em um determinado nível — ou em uma determinada “dimensão espiritual” — o resultado foi que cada um saiu vitorioso à sua maneira: o cristianismo, impondo-se sobre todo o Ocidente, e o helenismo, sobrevivendo dentro do próprio cristianismo e deixando uma marca indelével na intelectualidade deste último.

  • Trata-se de um falso diálogo, de fato, confrontação de dois monólogos
  • No entanto profundos desentendimentos
  • Um disputa, sob certos aspectos, entre um canto de amor e um teorema matemático
  • Dos gnósticos cristãos
  • A gnose segundo São Paulo
  • Posição dos platônicos
  • Contra o preconceito evolucionista que quer que o pensamento grego tenha “alcançado” tal nível ou tal resultado
  • Comparação entre Pitágoras, Platão e Aristóteles
  • A censura dos modernos aos filósofos pré-socráticos
  • Os Sofistas e a inauguração da era do racionalismo individualista e da pretensão ilimitada
  • Para compreender a reação cristã, é preciso ter em conta todos esses aspectos do pensamento grego
  • Os Helenistas recusam orgulhosamente o Cristo?
  • Das duas fontes de toda certeza
  • O argumento cristão (a historicidade do Cristo-Salvador) / o argumento platônico (a natureza das coisas)
  • O Cristo dos gnósticos é aquele que é “antes que Abraão fosse”

Frithjof Schuon