A liberdade do homem é total mas não absoluta
A liberdade do homem é total, mas não poderia ser absoluta, a qualidade de absoluto só pertencendo ao único Princípio supremo e não a sua manifestação, seja esta direta ou central. Dizer que nossa liberdade é total, significa que ela é “relativamente absoluta”, quer dizer que ela o é sobre um plano dado e dentro de certos limites; no entanto, nossa liberdade é real, — aquela de um animal o é também de uma certa maneira, sem o que um pássaro no cativeiro não se sentiria privado de liberdade, — e ela o é porque a liberdade enquanto tal é a liberdade e nenhuma outra coisa, quaisquer que possam ser seus limites ontológicos. Quanto a Liberdade absoluta, aquela do Princípio divino, o homem dela participa na medida que a ela se conforma, e esta possibilidade de comunhão com a Liberdade em si e com o Absoluto proveem precisamente do caráter total de nossa liberdade, no entanto relativa; que que quer dizer que em Deus e por Ele, o homem pode chegar à Liberdade pura; em Deus apenas somos absolutamente livres.