Tag: Heidegger

  • Duval (HZEN:37-38) – “Acima da realidade permanece a possibilidade”

    Assim, disposto pela Panrealidade a ser sua consciência no jogo duplo de um anúncio tácito, o ser humano, longe de ser aniquilado no impasse obsessivo de um Inevitável, redescobre a Força pura e gentil que o chama a ser, a produzir, a irromper, a abundar. O índice do Ser, que o poder oculto tem à…

  • Stevens (BSKS) – Ontologia de Nishida

    No entanto, não é apenas o trabalho de Nishida sobre consciência, experiência e realidade nos níveis epistemológico, psicológico e transcendental que é de particular importância, mas também suas contribuições na área da ontologia fundamental. Nishida define o “princípio” (ri 理) comum à consciência e à realidade como uma “força unificadora inconsciente” (muishiki tōitsu ryoku 無意識統一力).…

  • Duval (HZEN:29) – “algo” (Etwas) e “isto em que” (Worin)

    — “O mundo é, portanto, algo, ‘no qual’, o ser humano (Dasein) como vivente (als Seindes) já estava, ao qual ele (es) pode retornar assim que se voltar expressamente para qualquer coisa.” (Heidegger, Sein und Zeit) A brecha que a Ideia do Mundo abre entre os fenômenos que se dão e o que se retira…

  • Duval (HZEN:45-46) – caráter próprio do ser humano: ouvir – dizer

    Tanto em sua definição comum quanto em sua definição filosófica, a realidade humana, ou seja, “aquilo que fundamentalmente torna o homem humano”, é determinada como “zoon logon echon”: o ser vivo cujo modo de ser deve ser essencialmente concedido à capacidade de dizer. O “legein” é o fio condutor que nos permite tornar nossos os…

  • Duval (HZEN:37) – “eu” apenas um fantasma

    — O ‘eu’ é apenas um fantasma criado pela união dos cinco skandhas e uma fantasmagoria não tem nada a ver com a realidade absoluta. Os cinco skandhas são — rupa : forma ou materialidade ; — vedâna : sensação ; — samjnâ: percepções, conceitos; — samskâras: tendências e potencialidades da mente, pensamentos, mentalidades, as…

  • Duval (HZEN:29) – retiro do Mundo

    — O fato de o mundo não se manifestar como tal é, além disso, necessário para que as realidades disponíveis continuem a ser levadas em consideração. É precisamente essa não-manifestação do mundo que constitui a estrutura fenomênica da realidade fundamental deste vivente.” (Heidegger, Sein und Zeit) O retiro do mundo para o qual a Ideia…

  • Duval (HZEN:28) – O “mesmo” Mundo é a Terra

    O “mesmo” Mundo é a Terra Desconhecida (transzendent) para qual se orienta a abertura desejante (transzendenze) que de-fine o fundo do ser humano, a “natureza” humana. Este polo da Ausência, esta Terra desconhecida, permanece conhecida por meio do olhar enganador que os seres humanos têm sobre seu ambiente, sobre os fenômenos conhecidos que os cercam.…

  • Duval (HZEN:28) – mundo, totalidade dos fenômenos

    Antes de qualquer ponto de referência geográfico, histórico, econômico ou político, os seres humanos tomam sua identidade da abertura fundamental que os define, deportando seu olhar para seu maior tormento, “isso” que acreditam poder chamar o “mesmo” mundo. “O mundo que transcende todos os ambientes, que transcende todas as determinações reificantes do olhar. Não “outro”…

  • Duval (HZEN:28) – transcendência

    — A transcendência, na aceitação esclarecedora e designativa de seu significado, expressa (meint) algo que pertence, por direito próprio, à situação em questão (Dasein) do ser humano, e isso não como um comportamento possível entre outros, nem como uma atitude que seria realizada de tempos em tempos, mas como a constituição fundamental (Grundverfassung) deste existente,…

  • Duval (HZEN:27) – a noção de mundo

    — “A noção de ‘mundo’ deve significar algo diferente da totalidade do que existe e está sempre disponível para nós no mundo.” (Heidegger, O que é metafísica) “Algo mais. Fora dos mapas. Fora dos eventos identificados por datas “históricas” ou análises sociológicas. Fora das relações econômicas ou políticas. Fora. “Outra coisa. O mundo. O “mesmo”…

  • Dyczkowski (MDDV:52-54) – Realismo do Xivaísmo de Caxemira

    A abordagem do Xivaísmo de Caxemira entende o mundo como um símbolo do absoluto, ou seja, como a maneira pela qual este se apresenta a nós. Novamente, podemos contrastar essa visão com a do Advaita Vedānta. O Advaita Vedānta entende o mundo como uma expressão do absoluto na medida em que existe em virtude do…