arte moderna

Mas, na história da arte moderna, do cubismo até o tachisme, vimos presenciando um esforço contínuo do artista para libertar-se da “superfície” das coisas e penetrar na matéria a fim de desnudar suas últimas estruturas. Eu já discuti em outro lugar o significado religioso do esforço do artista contemporâneo para abolir forma e volume, para descer, como se fosse, ao interior da substância, desvendando sua maneira de ser secreta ou embrionária. Essa fascinação pelos modos elementares da matéria trai um desejo de libertação do peso das formas mortas, uma nostalgia por se submergir num mundo auroreal. (Eliade)

Mircea Eliade