A educação básica para a elite instruída da Idade Média consistia na aprendizagem das artes liberais. A tradição vinha diretamente dos tempos clássicos, através dos escritos de Santo Agostinho, e foi refinada e transformada numa estrutura de ensino por Cassiodoro e Boécio, no começo do século VI. A divisão formal das artes liberais em Trivium e Quadrivium data provavelmente do período carolíngio e continuou sendo a base teórica da educação medieval até o século XII.
O Trivium, ou encontro de três caminhos, consistia em gramática, dialética e retórica. Esses três ramos continham as disciplinas necessárias para o serviço na Igreja e, gradualmente, também na administração secular: domínio da estrutura da língua, capacidade para apresentar argumentos e apreciação da força do discurso em prosa e poesia. Um equilíbrio instável era mantido inicialmente entre o uso de textos clássicos e bíblicos como exemplos na instrução, com a balança pendendo fortemente, desde os tempos carolíngios, para o lado das Escrituras. A segunda parte do syllabus era mais científica; o Quadrivium, ou encontro de quatro caminhos, incluía aritmética, geometria, astronomia e música. (DIM)