astecas

Os astecas ou méxicas, que, juntamente com os toltecas são um grupo de língua nahuatl, instalam-se por volta de 1325 na ilha de Tenochitlán, no lago que cobria então uma parte do vale do México. Eles vêm do norte, onde não tinham sido um povo dominador, mas sim dominado. Partem à procura da Terra Prometida, guiados pelo Grande Sacerdote Huitzilopochtli, animado pelo deus Espelho Fumegante (Tezcatlipoca) e gerado novamente pela Deusa Mãe Coatlicue. Instalados no Planalto mexicano, tornam-se rapidamente um povo conquistador cuja principal atividade foi definida como um «imperialismo místico». Com efeito, obcecados pela necessidade de sacrificar novas vítimas para que o seu sangue assegure o movimento do Sol, os astecas procuram-nas nos povos vizinhos.

Quando Hernán Cortês (1485-1547) chegava a Iucatão em 1519, com 508 soldados e dez canhões, o império asteca de Moctezuma II (tal como o império inca de Atahuallpa) não mostrava os sinais de declínio da civilização maia. Explorando habilmente a crença à volta de Quetzalcoatl e do fim do mundo, mas sobretudo as rivalidades entre as cidades astecas, Cortês põe assim fim, após dois anos, a dois séculos de história, sangrenta e triunfante, dos astecas. [Eliade e Couliano]

Tradição indígena