controvérsia iconoclasta

Iconoclasta, Controvérsia (726-843) Controvérsia resultante da profunda discordância acerca da veneração de ícones na Igreja bizantina. Em 726, o imperador Leão III, o Isauro, com forte apoio militar, ordenou a destruição de todas as imagens usadas como ídolos e começou a perseguir os defensores dos ícones, sobretudo os monges. Com o papa Gregório III veio a reprovação do Papado, condenando os iconoclastas em dois sínodos celebrados em Roma (731). O filho de Leão, Constantino V Coprônimo, continuou a política paterna, convocando o Sínodo Iconoclasta de Heiria (753). Somente com a regência da imperatriz Irene (780-90) essa tendência foi revertida; ela convocou o II Concílio de Niceia (787), que defendeu os ícones e decretou seu restabelecimento. Entretanto, a controvérsia reacendeu-se uma vez mais em 814, por instigação de Leão V, o Armênio, um general eleito imperador pelo exército. Só terminou, finalmente, em 843, quando Teodora, viúva do imperador Teófilo, convocou um sínodo para confirmar o pronunciamento feito em Niceia; uma procissão no primeiro domingo da Quaresma assinalou o retorno da ortodoxia. (DIM)

DIcionário da Idade Média