A moda do ocultismo foi criada por um seminarista francês, Alphonse Louis Constant, nascido em 1810 e conhecido por seu nom de plume, Eliphas Lévi. Na realidade, o termo “ocultismo” foi criado por esse quase padre e usado pela primeira vez em inglês pelo teosofista A. D. Sinnet, em 1881. Quando já adulto, Levi leu a Kabbala Denudata de Christian Rosenroth e, por fim, os trabalhos de Jacob Boehme, Swendenborg, Louis-Claude de Saint-Martin (“le Philosophe Inconnu”) e outros théosophes do século XVIII. Seus livros – Dogme et rituel de la haute magie (1856), L’Histoire de la magie (1859) e La Clef des grands mvstères (1861) – obtiveram um sucesso incompreensível até o dias atuais, porque não passam de uma soma de afirmações pretensiosas. O “Abbé” Lévi foi “iniciado” em várias sociedades secretas – os Rosa-cruzes, os maçons, etc. – tanto da França quanto da Inglaterra; ele teve a chance de encontrar pessoalmente Bulwer-Lytton, autor do famoso romance ocultista Zanoni e chegou a impressionar Madame Blavatsky, a fundadora da Sociedade Teosófica. (Eliade)