Não é portanto apenas o Éter, no sentido próprio da palavra, que reside no coração; na medida em que o coração é o centro do ser humano considerado em sua integralidade, e não apenas em sua modalidade corporal, o que se encontra nesse centro é a “alma vivente” (jivatma) que contém em princípio todas as possibilidades que se desenvolvem no curso da existência individual, da mesma forma que o éter contém em princípio todas as possibilidades da manifestação corporal ou sensível. É notável, sob o angulo das concordâncias entre as tradições orientais e ocidentais, que Dante fale também do “espírito da vida que habita a mais secreta câmara do coração, ou seja, precisamente a mesma “cavidade” de que se trata na doutrina hindu. E o que talvez seja o mais singular, é que a expressão por ele empregada a esse respeito, spirito della vita, é uma tradução literal, tão rigorosa quanto possível, do termo sânscrito jivatma, do qual no entanto é muito pouco provável que tenha tomado conhecimento por uma via qualquer. [Guénon]
jivatma
TERMOS CHAVES: jivatma