Não só existe uma relação evidente entre o malhete e o martelo, que são por assim dizer duas formas de um mesmo instrumento, como ainda o historiador maçônico inglês R. F. Gould pensa que o “malhete do Mestre”, cujo simbolismo também relaciona ao Tau, em razão de sua forma, tem sua origem no martelo de Tor. Os gauleses tinham ainda um “Deus do malho”, que está figurado sobre um altar descoberto em Mogúncia; ele parece ser o Dis Pater, cujo nome é bem próximo ao de Zeus Pater, e que os druidas, no dizer de César, tinham por pai da raça gaulesa. Assim, esse malhete aparece também como um equivalente simbólico do vajra das tradições orientais, e, por uma coincidência que nada tem de fortuita, mas que poderá parecer pelo menos inesperada para muitas pessoas, acontece que os mestres maçons possuem um atributo dotado exatamente do mesmo sentido que o dos grandes Lamas tibetanos. Mas quem, na atual situação da maçonaria, poderia gabar-se de possuir de fato o misterioso poder representado por tal atributo, uno em sua essência, ainda que duplo em seus efeitos de aparência contrária? (Guénon)