presença divina

Lembraríamos ainda que a manifestação da Shekinah ou “presença divina” é sempre representada como uma luz. (Guénon)


Considera-se, por outro lado, que o Princípio divino reside de certa forma no centro de todo ser, o que está de acordo com o que diz São João ao tratar da “verdadeira Luz que ilumina todo homem que vem ao mundo”. Mas essa “presença divina”, assimilável à Shekinah hebraica, será apenas virtual, na medida em que o ser pode não ter dela consciência atual. A “presença divina” só se torna plenamente efetiva para o ser que tomou consciência e a “realizou” pela “União”, entendida no sentido do sânscrito Yoga. Então, esse ser sabe, mediante o mais real e imediato de todos os conhecimentos, que “o Atmâ que reside no coração” não é simplesmente o jivâtmâ, a alma individual e humana, mas também o Atmâ absoluto e incondicionado, o Espírito universal e divino, e que ambos, nesse ponto central, estão em contato indissolúvel e além disso inexprimível, pois são na verdade apenas um, assim como, de acordo com a palavra de Cristo, “meu Pai e eu somos um”. (Guénon)

René Guénon