Superar-se: este é um grande imperativo da condição humana; e há outro que o antecipa e ao mesmo tempo o prolonga: dominar-se. O homem nobre é o que se domina; o homem santo é o que se supera. A nobreza e a santidade são os imperativos do estado humano.
A santidade é um sonho do ego e a vigília da alma livre, cristalizada em Deus. A superfície móvel de nosso ser deve dormir e, por conseguinte, retirar-se das imagens e dos instintos, enquanto que o fundo de nosso ser deve velar na consciência do Divino e iluminar assim, como uma chama imóvel, o silencia do santo sonho.
A santidade é essencialmente a contemplatividade; é a intuição da natureza espiritual das coisas; intuição profunda que determina a toda alma, logo a todo o ser do homem. (Schuon PP)