Santo Graal

O “Santo Graal” é ao mesmo tempo um vaso (grasale) e um livro (gradale ou graduale). Este último aspecto designa de modo evidente a tradição, enquanto que o outro diz respeito mais diretamente ao estado que corresponde à posse efetiva dessa tradição, ou seja, o “estado edênico” (v. Paraíso terrestre) quando se trata da tradição primordial. Aquele que chegou a esse estado está, por isso mesmo, reintegrado ao Pardes, de tal modo que se pode dizer que sua morada encontra-se, desde então, no “Centro do Mundo”.

Não é sem motivo que se pode estabelecer uma aproximação entre os dois simbolismos, pois sua estreita similaridade mostra que, quando se fala da “cavalaria do Santo Graal” ou dos “guardiões da Terra Santa”, o que se deve entender por essas duas expressões é exatamente a mesma coisa. Resta-nos explicar, na medida do possível, no que consiste propriamente a função desses “guardiões”, representados de modo particular pelos Templários. (Guénon)

Graal