Publicada em 1969, The Satanic Bible foi seguida por The Compleat Witch (Nova Iorque, 1971). Ver também as declarações de La Vey, registradas por JOHN FRITSCHER, em Straight from the witch’s mouth (In: HEENAN, Edward F., ed. Mystery, magic and miracle. p. 87-107). O professor E. J. Moody, após ter sido, per dois anos e meio, membro da First Church of Satan, em São Francisco, enquanto fazia observação participante, publicou um trabalho excelente, Magical therapy: an anthropological investigation of contemporary satanism, em Raigious Movements in Contemporary America, editado por Irving I. Zaresky e Mark P. Leone (Princeton, 1974), p. 355-82. De acordo com Moody, “o noviço satanista expressa seu problema em termos de ausência de poder” (p. 364): Além de ensinar mágica ao noviço satanista, seus companheiros feiticeiros e bruxos ensinam-lhe quo ele é “mau”, mas há uma modificação no conceito de mau. …O noviço é encorajado ativamente a falar sobre seus pensamentos e más (perversas) ações e elogiado, em vez de repreendido, por causa delas. E um princípio da teologia satânica que o mal depende do tempo e do lugar em que o ato é praticado. …r opinião da Igreja Satânica que “os feiticeiros da luz branca” (os cristãos) transformaram em pecado os impulsos humanos, a fim de fazer com que as pessoas cometam transgressões. Os cristãos, então, criando a dependência da salvação aos dogmas do Cristianismo, “subjugaram” as populações e fizeram-nas dependentes da Igreja de Cristo. Há, desta forma, liberdade condicionada ao medo. Os satanistas, ao contrário, convencem seus novos adeptos a regozijarem-se com sua própria humanidade, a dar em rédea solta a seus impulsos naturais e a satisfaze1e,n seus apetites sem medo ou culpa. Constantemente lembra-se aos membros que o homem é o animal humano e eles são encorajados a jogar fora os grilhões do Cristianismo e descobrir a alegria de viver. (p. 365) Naturalmente, esta alegria de viver está organicamente relacionada com uma desinibição sexual. É possível reconhecer-se o padrão dos velhos movimentos europeus antinomianos, assim como traços de orientações mais modernas (por exemplo aquelas de A. Crowley, J. Evola, etc.). (Eliade)
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