O verdadeiro setenário está formado, no caso das sete cores, pela luz branca e pelas seis cores nas quais se diferencia. E torna-se evidente que o sétimo termo é, na realidade, o primeiro, pois constitui-se no princípio de todos os outros que, sem ele, não poderiam ter existência alguma. É também o último, no sentido de que todos retornam finalmente a ele: a reunião de todas as cores reconstitui a luz branca que lhes deu origem. Poderíamos dizer que, num setenário assim constituído, um é o centro e seis, a circunferência; em outros termos, tal setenário é formado pela unidade e pelo senário, onde a unidade corresponde ao princípio não manifestado e o senário ao conjunto da manifestação. [Guénon]
Se considerarmos apenas o triângulo e o quadrado enquanto tais, o conjunto da figura acima é uma representação geométrica do setenário, na medida em que este é a soma do ternário e do quaternário: 3 + 4 = 7. Podemos dizer com maior precisão, de acordo com a própria disposição da figura, que o setenario é formado da união de um ternário superior e de um quaternário inferior, o que comporta várias aplicações. Para nos limitarmos ao que nos diz respeito mais em particular aqui, bastará lembrar que, na correspondência dos números triangulares e quadrados, os primeiros devem ser atribuídos a um domínio mais elevado que os segundos, o que nos permite inferir que, no simbolismo pitagórico, a Tetraktys devia ter um papel superior ao do quadrado de quatro. E, de fato, tudo o que se conhece parece indicar que era realmente assim. [Guénon]