palavra
No Shivaismo de Caxemira, a antiga ideia da quadripartição da palavra parece ter desenvolvido sobretudo, em seguida, no meio têntrico. O gramático filósofo Bhartrhari (século V) só a divide em três: a “vidente” (pasyanti), a “média” (madhyama) e a “quebrada” (vaikhari). Os Trantas shivaitas, saktas ou vishnuitas retornam à divisão em quatro adicionando a plavra “suprema” (para). Esta teoria, associada à ideias que o Absoluto é Palavra, ou som (sabda) permitirá descrever a aparição do cosmo em termos de evolução da palavra, esa indo de uma condição primeira, transcendente e imanente ao mesmo tempo (a perspectiva metafísica destes sistemas é geralmente não-dualista – advaita), a um estado manifestado, “grosseiro”: aquele do mundo empírico e da linguagem. Os níveis da palavra são aqueles mesmo da manifestação cósmica: a divindade faz aparecer o universo em o dizendo. A palavra com efeito é energia. Este níveis se encontram da maneira análoga no ser humano e explicam então o nascimento no homem da linguagem e da apercepção (ligada à linguagem) da objetividade (pratyavamarsha). (NP)