Toufy Fahd. Génies, anges et démons. Trad. Antonio Carneiro [LGAD]
Os Portadores do Trono são os mais próximos de Deus e os mais estimados por Ele ; da manhã a noite, os outros anjos, «dispostos todos em torno do Trono» (Cor. 39, 75), os saudavam passando após eles, em razão da categoria preeminente que ocupam ocupam próximos a Deus. Levando o Trono, louvam a Deus, professam sua fé n’Ele e pedem o perdão para os crentes.
Segundo um verso atribuído à Umayya b. abî aç-Çalt, verso muito apreciado pelo Profeta (Qazwînî, 56), os Portadores do Trono se apresentam sob as quatro formas como um homem, um touro, uma águia e um leão, os dois primeiros sob o «pé direito» de Deus e os dois outros sob seu «pé esquerdo». O primeiro intercede em favor dos homens por sua subsistência, o segundo em favor das bestas de carga, o terceiro em favor dos voláteis e o quarto em favor das bestas ferozes. Seu número duplicará no Dia do Julgamento, segundo os próprios termos do Corão: « Nesse dia, oito levarão em cima deles o Trono de teu Senhor» (Cor. 69, 17).
As dimensões dessas silhuetas angélicas são as do cosmos, uma vez que «sua Sede recobre os espaços dos céus e da terra» (Cor. 2, 255). O arcanjo Miguel pediu à Deus autorização para dar uma volta com o Trono; Deus lhe permitiu. Ele caminhou até não mais poder. Suplicou a Deus de lhe dar força para continuar; Deus lhe deu e isso por três vezes. Ele caminhou doze mil anos sem poder atingir um dos pilares do Trono (Qawzînî, 54).
Segundo Wahb b. Munabbih, os anjos levam o Trono sobre seus ombros, às vezes, cedem (sob seu peso), a tal ponto que não é mais sustentado senão pela Majestade? de Deus (Qazwînî, 56).