tradução
‘Som’ não tem significado aparte da sua audição, assim como o conhecimento não tem sentido aparte do seu conhecimento.
E a audição do som, como o conhecimento do conhecimento, é percepção sensorial – objetivamente ‘som’ e ‘conhecimento’, subjetivamente a fonte da audição, do conhecimento e de toda a percepção sensorial, às vezes denominada ‘bodhi’, que inevitavelmente é um nome indicando o que subjetivamente somos.
Assim, todo som e todas as formas de percepção sensorial podem nos levar diretamente de volta à nossa fonte, como toda sombra à sua substância, que é a imutável totalidade da mente.
Além de “mente”, não pode haver nada – pois o que mais poderia haver, pois nada é cognoscível senão pela mente? Somente a mente percebe, e toda a cognição ocorre em mente, mas a mente ’em si’ é irreconhecível, pois não há nada para conhecê-la além da mente e ‘ela’ não pode cognoscer a cognição que é tudo o que é.
‘Mente’, portanto, mente que é integral, não é, por si só, ‘coisa’ – pois uma ‘coisa’ é apenas aquilo que é cognoscível, e a mente nunca poderia cognoscer sua cognição. O termo “mente” – “númeno” ou “numenalidade” em linguagem mais técnica – nada mais é do que uma tentativa de definição do particípio presente do verbo “ser”, outro dos quais é “eu”.
Original
‘Sound’ has no meaning apart from the hearing of it, just as knowledge has no meaning apart from the knowing of it.
And the hearing of sound, like the knowing of knowledge, is sensory perception — objectively ‘sound’ and ‘knowledge’, subjectively the source of hearing, of knowing, and of all sensory perception, sometimes termed ‘bodhi’, which inevitably is a name indicating what subjectively we are.
Thus every sound, and all forms of sense-perception, can lead us directly back to our source, as every shadow to its substance, which is the immutable wholeness of mind.
Other than ‘mind’ there cannot be anything — for what else could there be, since nothing is cognisable otherwise than by mind? Mind alone cognises, and all cognition takes place in mind, yet mind ‘itself’ is uncognisable since there is nothing to cognise it but mind and ‘it’ cannot cognise the cognising which is all that it is.
‘Mind’, therefore, mind that is integral, itself is no ‘thing’ — for a ‘thing’ is only that which is cognisable, and mind could never cognise its cognising. The term ‘mind’ — ‘noumenon’ or ‘noumenality’ in more technical language — is no more than an attempted definition of the present participle of the verb ‘to be’, another of which is ‘I’.