- tradução
- original
tradução
A resposta é que a mente dividida, percebendo [cognising] por meio de um sujeito percebendo objetos, não pode perceber sua própria “totalidade” como objeto.
Não há necessidade de perceber nossa ‘totalidade’, e é sempre impossível fazê-lo, pois não há ‘coisa’ aqui para perceber e nenhuma ‘coisa’ a ser percebida.
Qualquer tentativa de entender o que é percepção – e é portanto irreconhecível – proíbe a apercepção de o-que-somos. Essa apercepção não é uma função da mente dividida. Só pode ser uma apercepção imediata liberada por algum estímulo sensorial – auditivo, visual, tátil ou de origem irreconhecível.
O obstáculo supremo a essa apercepção, em nosso contexto de consciência espaço-temporal, reside em atribuir subjetividade a objetos fenomenais e objetividade ao que é subjetivo.
A mente não pode ser alcançada pela mente, como afirmou Huang Po. A tentativa é em si um obstáculo. Com-ciência [Awareness] é não algo do qual nós [que somos Isto] possamos estar-cientes [be aware].
Saber disto, entender isto, não é com-ciência da Com-ciência. Com-ciência não é um espécie de conhecimento. Todo conhecimento é conceitual, toda conceitualidade é inerente ao continuum espaço-tempo. Existe uma solução de continuidade entre conhecimento e Com-ciência.
Se alguém disser que a apreensão auditiva pode revelá-la – isso pode ser uma indicação do que está implicado, mas certamente não no sentido de ouvir deliberadamente a música – nem de olhar deliberadamente para qualquer objeto, tocar qualquer “coisa”, ou apreendendo qualquer pensamento.
Por que isso é assim? Porque a mente dividida deve estar em suspensão e ‘nós’ devemos estar ausentes para Com-ciência estar presente.