Wei Wu Wei (TM:36) – opostos

Todos os opostos são a vacuidade da mente, que é o que somos — reconhecidos como tal quando percebidos como vazios de oposição.

A “vacuidade da mente” é o que permanece quando a mente é esvaziada da mente.

Não podemos perceber os opostos como não-diferentes sem ao mesmo tempo vê-los como diferentes, por que e como eles são fundamental e eternamente diferentes como fenômenos. Sua separação fenomenal essencial ou divisão em dois constitui, por si só, sua inseparabilidade e indivisibilidade no plano numênico, da mesma forma que, ou porque, a separação dos próprios fenômenos conceitualmente do noúmeno é a própria expressão de sua identidade última ou não conceitual.

Todos são apenas a ausência de não-conceitualidade; isto é, eles são o que todo conceito é, o que, de fato, como um conceito, não é nenhuma ‘coisa’, portanto, não sendo nenhuma ‘coisa’, portanto, não é nada.

Os próprios opostos não são diferentes de seus compostos, quando concebíveis, pela mesma razão, ou seja, porque ambos são o que qualquer coisa, que nunca é de fato uma ‘coisa’ e, portanto, é não-coisa, não é.

 

Wei Wu Wei