Rumi (HMAP) – morte

Enquanto meu caixão se encaminha para o dia da minha morte, não pensem que este mundo prendeu meu coração. Não chore por mim; não grite: “Ai de mim!”, pois você seria um prisioneiro do diabo (que infortúnio!). Quando vir minha procissão, não diga: “Está terminado” quando eu me encontrar com Ele e me unir a Ele. Não se despeçam de mim quando eu for levado à tumba, pois me escondi aí para me unir ao meu Deus. Pense, enquanto me deita na tumba, em meu próximo despertar: a lua e o sol não se põem? Quando o dia amanhece novamente, você pensa que é crepúsculo; o túmulo nos entrega: parece uma cela para você! O solo produz quando você planta uma semente: é diferente para a semente humana? Esperando pelo outro mundo, aqui embaixo você está em silêncio: você gritará de felicidade diante da imensidão.

Rumi (1207-1273)