Os Anjos, relacionados com a hierarquia de luzes ou substâncias angelicais, localizam-se entre este mundo de sombras e a Luz Suprema, e ocupam uma posição central na doutrina de Ishraq. O anjo é ao mesmo tempo o sustentáculo deste mundo, o instrumento de conhecimento, aquele que o homem busca tornar-se e aquele a quem ele procura em sua vida terrestre. Suhrawardi confia fortemente na angeologia Mazdeana ao descrever as várias ordens de anjos e usa sua terminologia, que sobreviveu no calendário Persa até os dias de hoje, para nomear várias luzes angelicais, enquanto fazendo uso também da terminologia islâmica tradicional derivada do Corão. É sempre a beleza e o domínio do anjo que reluzem no cosmos Ishraq e que encantam os olhos daquele que empreende a tarefa de alcançar esta visão.Suhrawardi não limita os anjos a qualquer número específico para corresponder com os céus visíveis, como o fez Farabi e Avicena; nem estabelece um limite para seu grau de liberdade em três aspectos de intelecção, como entre os Peripatéticos. De fato, ele critica seus predecessores por ter limitado a hierarquia angelical desta maneira. Para Suhrawardi, o número dos anjos é igual não aos dez céus da astronomia medieval, mas ao número de estrelas fixas; isto é, para todos os propósitos práticos, este número é indefinido e está além de nossa habilidade de enumerar. E os modos em que os anjos recebem a irradiação divina e são iluminados por ela não estão limitados a qualquer padrão lógico preconcebido. [S.H. Nasr 1964. Three Muslim Sages. Caravan., tr. Instituto Nokhooja]
Gustav Meyrink: L’Ange à la fenêtre d’occident (Préface de Julius Evola)
Simbolismo: Breve nota sobre los ángeles; Ângeles y Monstruos