Para retornar ao assunto principal que nos propomos a tratar neste livro, insistiremos que a unidade das religiões, ou mais geralmente das formas tradicionais, não apenas não pode ser alcançada no plano externo, o das formas, mas nem mesmo deve ser alcançada, supondo que fosse possível, nesse plano, sem o qual as formas reveladas seriam desprovidas de razão suficiente; dizer que elas são reveladas é dizer que elas são desejadas pelo Verbo divino. Quando falamos de “unidade transcendente”, queremos dizer que a unidade das formas tradicionais, sejam elas religiosas ou supra-religiosas, deve ser alcançada de uma maneira puramente interior e espiritual, e sem trair nenhuma forma em particular. Os antagonismos dessas formas não prejudicam mais a Verdade única e universal do que os antagonismos entre cores opostas prejudicam a transmissão da luz única e incolor, para usar nossa imagem anterior; e assim como toda cor, ao negar a escuridão e afirmar a luz, nos permite encontrar o raio que a torna visível e rastrear esse raio até sua fonte luminosa, da mesma forma toda forma, todo símbolo, toda religião, todo dogma, ao negar o erro e afirmar a Verdade, nos permite rastrear o raio da Revelação, que não é outro senão o do Intelecto, até sua Fonte divina.
Schuon (UTR) – Unidade das Formas Religiosas
TERMOS CHAVES: religião
- Schuon (FSDH) – Espírito e Matéria
- Schuon (FSDH) – Espiritualização da sexualidade e animalização da intelectualidade
- Schuon (FSDH) – Evolucionismo
- Schuon (FSDH) – O argumento evolucionista de um progresso intelectual
- Schuon (FSDH) – O prodígio “naturalmente sobrenatural” da subjetividade
- Schuon (FSDH) – O que há no seio da relatividade ?
- Schuon (FSDH) – Primazia do Invisível
- Schuon (FSDH) – Primazia intelectual e existencial do Espírito
- Schuon (FSDH) – Se os evolucionistas têm razão, a vida vale a pena ser vivida ?
- Schuon (FSDH) – Subjetividade