Para retornar ao assunto principal que nos propomos a tratar neste livro, insistiremos que a unidade das religiões, ou mais geralmente das formas tradicionais, não apenas não pode ser alcançada no plano externo, o das formas, mas nem mesmo deve ser alcançada, supondo que fosse possível, nesse plano, sem o qual as formas reveladas seriam desprovidas de razão suficiente; dizer que elas são reveladas é dizer que elas são desejadas pelo Verbo divino. Quando falamos de “unidade transcendente”, queremos dizer que a unidade das formas tradicionais, sejam elas religiosas ou supra-religiosas, deve ser alcançada de uma maneira puramente interior e espiritual, e sem trair nenhuma forma em particular. Os antagonismos dessas formas não prejudicam mais a Verdade única e universal do que os antagonismos entre cores opostas prejudicam a transmissão da luz única e incolor, para usar nossa imagem anterior; e assim como toda cor, ao negar a escuridão e afirmar a luz, nos permite encontrar o raio que a torna visível e rastrear esse raio até sua fonte luminosa, da mesma forma toda forma, todo símbolo, toda religião, todo dogma, ao negar o erro e afirmar a Verdade, nos permite rastrear o raio da Revelação, que não é outro senão o do Intelecto, até sua Fonte divina.
Schuon (UTR) – Unidade das Formas Religiosas
TERMOS CHAVES: religião
- Schuon (FSCI) – Profissão de Fé do Islã
- Schuon (FSCR) – Castas e Raças
- Schuon (FSCR) – O sentido das castas
- Schuon (FSCR) – O sentido das raças
- Schuon (FSCR) – Princípios e critérios da arte universal
- Schuon (FSDH) – “No princípio era o Espírito”
- Schuon (FSDH) – A intelectualidade tem necessidade da sexualidade ?
- Schuon (FSDH) – A liberdade do homem é total mas não absoluta
- Schuon (FSDH) – A subjetividade prova a inanidade da tese evolucionista
- Schuon (FSDH) – Ambiguidade necessária da condição humana, ruptura entre intelecção e razão