Águas Primordiais

TEOLOGIA DE HERMÓPOLIS (SEGUNDO HÖLSCHER, ANFÄNGLISHES FRAGEN, P. 44)

Excertos de Eudoro de Sousa, “Filosofia Grega
«Num é o nome divino das águas primevas: já era, antes que o mundo dele emergisse, antes, mesmo, de existirem os deuses. Procria oito divindades (a ogdóade de Hemópolis, III milênio a. C.), associadas duas a duas: são quatro pares, dos quais, surpreendentemente, o primeiro é constituído pelo próprio Nunáguas primordiais», identificado por Heródoto, Diodoro e Plutarco com o oceano grego), com sua esposa Naunet; em seguida (?) vêm Huh, o ilimitado, com Hauet; Kuk, o obscuro, e Kauket, a treva; e finalmente Amon, o oculto e invisível, com Amaunet. Os partícipes femininos são femininos gramaticais; porém, o que mais espanta é a intenção especulativa, em tão remota era: em sua pluralidade, parecem expressar menos um número de princípios separados, do que qualidades distintivas do estágio primitivo, e a duplicação em pares não significa nenhuma dualidade, mas sim a força genesíaca.»


Iliáda, XIV

Excertos de Eudoro de Sousa, “Filosofia Grega

200 Pois apresso-me a ir ver os limites da terra nutriz, o Oceano, gênese dos deuses, e a mãe Tétis, que em suas moradas tão carinhosos me criaram, das mãos de Reia recebida, quando Zeus, que ao longe ribomba, precipitou Crono para debaixo da terra e do mar estéril.

205 Vou a vê-los e a pôr fim a sua imoderada discórdia. Que já durante alongado tempo se abstêm de seu leito de amor, desde que a ira entrou em seus corações.

243 Hera, veneranda deusa, filha do grande Crono, algum outro de entre os deuses eternos facilmente eu adormeceria, mesmo as correntes do rio Oceano, gênese que é de todas as coisas.

Perenialistas – Referências