Um sufi extático começou a chorar no meio da noite e disse: “É assim que vejo o mundo: é como um caixão fechado no qual somos colocados e onde passamos nosso tempo, por nossa ignorância, em tolices. Quando a Morte abre a tampa do caixão, cada um que tem asas alça seu voo para a Eternidade, mas aquele que não tem asas permanece no caixão, vítima de mil aflições.
Dê, então, ao pássaro do desejo espiritual, a asa do sentido místico: dê um coração à Razão e êxtase à alma. Antes que a tampa deste caixão seja retirada, torne-se um pássaro do Caminho para Deus e desenvolva suas asas e suas penas. Não, antes, queime suas asas e suas penas e destrua-se pelo fogo, e assim você chegará à Meta antes de todos os outros.