Como dissemos anteriormente, o Espírito se manifesta no topo da cabeça (corona) e o próximo chacra a aparecer, segundo a densidade, é o centro de força entre as sobrancelhas, ao qual São Paulo chama de alma (mas ao qual chamaremos de mente), sendo o centro da atividade mental.
O seguinte é o centro da garganta e esse, como São Paulo diz, é o corpo em essência, porque é a sede do éter. O éter é o substrato de que os quatro elementos inferiores, ar, fogo, água e terra, são derivados. Cada um desses elementos é meramente uma modificação do éter básico, que pode, assim, ser encarado como material básico do corpo.
Os quatro elementos, ar, fogo, água e terra, têm suas sedes respectivamente nos chacras cardíaco, no plexo solar, sacro e basal. Vemos, assim, que a triplicidade superior e o quaternário inferior aparecem no homem estritamente de acordo com as leis numéricas de manifestação e os sete chacras são uma consequência exata de tais leis.
Os alquimistas referiam-se ao éter como a quinta essência ou quinto nível de vibração e veremos, posteriormente, como os quatro elementos inferiores são produzidos e retomam a esta latência ou substrato etérico.
Os alquimistas mais adiantados também perceberam que os vários níveis de consciência são apenas a força vital vibrando em diferentes frequências. E, assim, em consequência, um nível pode ser transmutado em outro pela simples mudança da taxa de vibração. Deduz-se que a transformação de um elemento em outro é uma possibilidade perfeitamente natural.
Tais fatos também podem ser aplicados na transmutação de nossas vibrações grosseiras em outras mais elevadas. A alquimia esotérica busca o refinamento da consciência humana pela purificação da escória do eu inferior e por cuja transmutação obtém-se o puro ouro da consciência espiritual. Este processo é conhecido sob vários nomes por todos os verdadeiros místicos de todas as religiões.
Em tempos mais modernos, Einstein e outros físicos bastante conhecidos notaram que a matéria é pensamento, vibrando em baixa frequência. Em tempos primitivos, os alquimistas perfaziam suas transmutações de um metal em outro, usando os mesmos princípios.
De fato, toda manifestação é meramente a força vital trabalhando em diferentes taxas de vibração e a diferença entre um elemento e outro decorre simplesmente de sua diferente frequência de vibração.
A Sequência de Involução
O corpo, como já vimos, é realmente o terceiro ou objetivo aspecto da Trindade, que é o éter. Suas quatro modificações compreendem: ar, fogo, água e terra. A sequência de involução pode ser expressa do seguinte modo:
Para que uma manifestação objetiva possa ocorrer, é preciso que haja espaço para tanto. Assim, o éter é o elemento do puro espaço.
A seguir, é preciso que haja movimento no espaço e este é o elemento do ar, que é o puro movimento do espaço.
Após, é preciso que haja o princípio de expansão, que é o elemento do fogo.
Este é seguido pelo princípio de contração, que é o elemento da água.
Finalmente, o princípio da solidez ou coesão manifesta-se no elemento terra.
Tais princípios ou elementos são frequentemente indicados pelo termo sânscrito tattwas, que significa “é assim”.
Esses elementos são tudo que existe e, de fato, nada mais há no mundo do nome ou da forma. São os tijolos com os quais toda a nossa experiência é feita e o mundo da manifestação é composto apenas pelos elementos.
[RENDEL, P. Introduction to the Chakras. Wellingborough, Northants.: Aquarian, 1981.]