A vasta literatura do budismo deve ser classificada segundo a divisão tradicional do tripitaka, os «três açafates» dos sutras (os logias do próprio Buda), do vinaya (disciplina) e do Vabidarma (doutrina). Juntam-se-lhes os muitos sastras, tratados sistemáticos de autores conhecidos, jatakas ou Vidas do Buda, etc.
Três tripitakas subsistem: o fragmentário dos monges Theravada da Ásia do Sudeste, redigido em língua pali; o dos Sarvastivada e dos Mahasarighika, em traduções chinesas; e por fim as colecções tibetanas (o Kanjur e o Tanjur), que são as mais completas. Muitos escritos em sânscrito chegaram igualmente até nós.
O Buda tinha recomendado aos seus discípulos que se exprimissem em dialeto; o pali, a língua do cânone Therevada, era um dos dialetos (província de Avanti) e não a língua original de pregação do Buda. É por essa razão que o uso de termos sânscritos budistas, que são uma forma de sânscrito que utiliza muitas palavras pracríticas, é por vezes mais adequado cientificamente do que o de termos palis. [Eliade e Couliano]