Karl Renz (KRBT) – culpa

tradução

És culpado, digo. És o único. O primeiro e único culpado. É toda a história do Si. Não podes tirar nenhuma bobeira disso. É o romance de si mesmo. É como um romance imaginário. Não podes tirar um aspecto imaginário dele. Tudo isso é o que és em romance contigo mesmo, mas imaginário. Não podes retirar nenhum evento, nem qualquer experiência da totalidade da vida vivendo ela mesma. Impossível! Caso contrário, o Absoluto não seria Absoluto. De jeito nenhum! E és absolutamente estúpido. Quando és estúpido, és absolutamente estúpido. Mas o mais estúpido é que agora queres ser o Si Absoluto. Mas és Absoluto. Não podes ser mais ou menos absoluto. Essa é a questão. Então crias dimensões do Absoluto. Dimensões absolutas, para não mencionar.

Não podes ser menos estúpido. És especialmente estúpido quando não queres ser estúpido. Mas o que fazer? A estupidez dói, mas o que fazer? Então tentas te conhecer, queres sair da estupidez e isso é realmente estúpido. Isso realmente te coloca na ignorância. Se não queres ser ignorante, então és realmente ignorante. És ignorância e a natureza da ignorância é conhecimento. Qual é o problema da ignorância? E quem é o dono da ignorância? Essa é a questão principal. Nunca é tua ignorância. A ignorância te possui, em todo caso.


Original

You’re fucking guilty, I tell you. You’re the only one. The one and only who’s guilty. It’s all the story of the Self. You cannot take one bullshit out of it. It’s the romance of self with itself. It’s like an imaginary romance. You cannot take one imaginary aspect out of it. All of that is what you are in romance with yourself, but an imaginary one. You cannot take any event, not any experience out of the totality of life living itself. Impossible! Otherwise the Absolute would not be Absolute. No way! And you’re Absolute stupid. When you’re stupid, you’re Absolute stupid. But the most stupid is that now you want to be the Absolute Self. But you’re anyway Absolute. You cannot be more or less Absolute. That’s the point. Then you make it dimensions of Absolute. Absolute dimensions, not to mention.

You cannot be less stupid. You’re especially stupid when you don’t want to be stupid. But what to do? Stupidity hurts, but what to do? Then you try to know yourself, you want to get out of stupidity and that’s really stupid. That really puts you into ignorance. If you don’t want to be ignorant, than you’re really ignorant. You are ignorance and the nature of ignorance is knowledge. What’s the problem with ignorance? And who owns ignorance? That’s the main question. It’s never your ignorance. Ignorance owns you, if at all.

Karl Renz