A consciência acolhe a totalidade da situação. Por “totalidade da situação” queremos dizer todos os elementos que compõem a situação em questão, inclusive suas próprias reações. A partir desse acolhimento imparcial, em resposta às circunstâncias, surge a compreensão que pode ou não levar à ação. A ação que flui da totalidade da situação é a ação correta e sempre será benéfica, mesmo que, a curto prazo, pareça não ser eficaz. A ação que vem de um fragmento da totalidade, de uma entidade separada, perpetuará sutilmente o sofrimento que está tentando aliviar, mesmo que pareça benéfica a curto prazo, porque ela própria é a causa raiz desse sofrimento. O corpo está envolvido no mundo e, embora a testemunha não participe da ação, o corpo participa. Até mesmo a não-ação é uma forma de ação. A covardia, por exemplo, é uma forma de ação. Essa é a lição que Krishna ensina a Arjuna no Bhagavad Gita. Como Si, somos a testemunha, mas como corpo, já estamos envolvidos. Portanto, apenas faça seu dharma, faça o que é certo, faça o que flui das circunstâncias.