Assim como alguém que estava dormindo acorda, o não manifesto se torna manifesto. Na manifestação, há inúmeras aparências. Sem consciência, os cinco elementos (terra, água, fogo, espaço e éter) não existem. Seu “eu sou” surgiu dos cinco elementos e das três gunas (qualidades de “Prakriti”, natureza primordial), e todas as cenas do mundo são suas expressões. As gunas sattva (harmonia) e rajas (motividade) estão ansiosas por movimento. A terceira constituinte — tamas (ignorância) — reivindica o crédito por todas as atividades.
Na raiz, nada é real — Maya. Mas o que significa maya? O que quer que não seja, é isso. Não se pode dizer que é ou que não é. E quem é o experimentador dessa ilusão enganosa? O experimentador é a manifestação do imanifesto. Apesar de tudo isso, o não-manifesto é apenas não-manifesto (Parabrahman). Assim como o dorminhoco experimenta a falsa vigília, Maya obscurece o imanifesto e a existência aparece. A existência se deve à manifestação, mas, na realidade, ela é apenas imanifesta.
Os seres humanos experimentam o mundo com a identidade corporal, vivendo na escuridão devido à ilusão primária e temendo a morte futura e os efeitos das ações adversas. Mas nada disso é real. Embora não haja limite para o conhecimento mundano, eu lhe dou o autoconhecimento: você não é o corpo, mas a Com-ciência Pura [Pure Awereness], refletida como consciência [consciousness]. Embora não se possa compreender a consciência, é possível perceber essa verdade mesmo durante as atividades cotidianas, se seguirem às minhas palavras.