Oceano

René Guénon: UNIDADE E IDENTIDADE DO SI MESMO

El mar es lo mismo que sus aguas y no es diferente de ellas ( en naturaleza ), aunque las olas, la espuma, las corrientes, las gotas y las demás modificaciones accidentales que sufren estas aguas existan separada o conjuntamente como diferentes unas de las otras ( cuando se consideran en particular, ya sea bajo el aspecto de la sucesión, ya sea bajo el de la simultaneidad, pero sin que su naturaleza deje por eso de ser la misma ). Esta comparación con el mar y sus aguas muestra que Brahma es considerado aquí como la Posibilidad Universal, que es la totalidad absoluta de las posibilidades particulares.

Ananda Coomaraswamy: OCEANO

Julius Evola: REVOLTA CONTRA O MUNDO MODERNO

Así, entre los helenos, la enseñanza según la cual los dioses griegos “nacieron” del Océano, pudo tener un doble sentido, pues algunas tradiciones sitúan en el occidente atlántico (o norte-atlántico) la antigua residencia de Urano y de sus hijos Atlas y Saturno. Es igualmente aquí, por otra parte, donde se sitúa generalmente el jardín divino mismo en el que reside desde el origen el dios olímpico, Zeus, así como el jardín de las Hespérides “más allá del río Océano”, Hespérides que fueron precisamente consideradas por algunos como hijas de Atlas, el rey de la isla occidental. Este es el jardín que Hércules debe alcanzar en el curso de su empresa simbólica mas estrechamente asociada a su conquista de la inmortalidad olímpica, y en la que tuvo por guía a Atlas, el “conocedor de las oscuras profundidades del mar”. El equivalente helénico de la vía nórdico-solar, del deva-yana de los indo-arios, a saber la vía de Zeus que, de la fortaleza de Chronos — situada, sobre el mar lejano, en la isla de los héroes — conduce a las alturas del Olimpo, esta vía fue pues, en su conjunto, occidental. Por la razón ya indicada, la isla donde reina el rubio Radamente se identifica con la Nekya, la “tierra de los que ya no están”. Es también hacia Occidente donde se dirige Ulises, para alcanzar el otro mundo. El mito de Calipso, hija de Atlas, reina de la isla de Ogigia, el “polo” — el “ombligo”, Omphalos — del mar, reproduce evidentemente el mito de las Hespérides y muchos otros que le corresponden entre los celtas o los irlandeses, donde se encuentra igualmente el tema de la mujer y el del Elíseo, en tanto que isla occidental. Según la tradición caldea, es hacia Occidente, “más allá de las aguas profundas de la muerte”, “aquellas donde jamás hubo vado alguno y que nadie, desde tiempo inmemorial, ha atravesado nunca”, que encuentra el jardín divino donde reina Atrachasis-Shamashnapishtin, el héroe que escapó del diluvio, y que conserva por ello el privilegio de la inmortalidad. Jardín que Gilgamesh alcanzó, siguiendo la vía occidental del sol, para obtener el don de la vida y que está relacionado con Sabitu, “la virgen sentada sobre el trono de los mares”.

Pierre Gordon: A IMAGEM DO MUNDO NA ANTIGUIDADE

Em Hesíodo, é a Terra (a Mãe Divina) que tem o primeiro lugar: a tradição matriarcal guarda completamente a superioridade. Mas o que não se nota suficientemente, é que no entanto o Mar (Pontos) engendra um personagem primordial por si só, sem o intermediário da Terra. — Como Pontos é uma personalidade masculina. O Mar produz logo Nereu, o ancião do oceano, e é em seguida somente que se une à Terra para engendrar «o grande Taumante, o valoroso Fórcis, Ceto das belas faces, Euríbia enfim, cujo peito guarda um coração de aço». Em Nereu, protótipo dos iniciadores psíquicos de transformações, discerne-se sem pena o personagem transcendente que rege a Ilha Santa. Constata-se assim que o poeta beócio, totalmente impregnado que estava das concepções matriarcais, não sonhou a fazer nascer da Mãe Divina o fundador da terra oceânica. — Não ignora por outro lado que a descendência do Mar oferece caracteres singulares: é assim que de Fórcis e de Ceto nasce uma horrífica família de monstros: as Greias, em seguida as Górgonas «que habitavam alé do ilustre oceano, na fronteira da noite, além das Hespérides sonoras». Lidamos com três mulheres sagradas, residindo em uma ilha do nordeste: Fórcis se identificando provavelmente com o velho deus germânico do trovão Fjorgynn, pai das três Virgens-Cisnes do norte (Ésquilo, Prometeu, 797), — que mais tarde se tornaram nas Valquírias — é muito provável que as Greias e as Górgonas se refiram originariamente à mesma realidade ritual que as longínquas mulheres. Mais tarde, todavia, a organização das Górgonas teve sucursais no Mediterrâneo, e é a estas últimas que se relacionam as indicações de Hesíodo sobre a família de Medusa.

A estranha família originária de Mar reúne as principais entidades iniciáticas conhecidas do mundo helênico: nesta preciosa passagem, Hesíodo assinala o desenvolvimento progressivo dos santuários de iniciação, associados a Medusa, e, por esta, a Oceano. Bastaria, finalmente, para pressentir o sentido profundo do texto, de ver qual é o último filho de Fórcis: «unida de amor a esta, Ceto, lhe deu por último filho uma terrível serpente, que, oculta sob a negra terra, no meio de seus imensos anéis, guarda maçãs de ouro (ou carneiros de ouro)». — Reconhece-se de pronto, nesta enorme serpente subterrânea, uma vasta construção iniciática em labirinto, e nestas panchrysea mela as maçãs totalmente em ouro, ou os carneiros totalmente em ouro (os «velos de ouro» das iniciações de Cólquida), que os iniciados obtinham como confirmação de sua dignidade. — Hesíodo era portanto muito bem informada das particularidades da civilização oceânica e do papel eminente desempenhado por ela na evolução religiosa. A maneira que faz nascer Nereu, de Mar, sem a intervenção da Mãe Divina, e de que põe aparte sua progenitura de Fórcis e de Ceto — progenitura elevando-se da Terra-Mãe ao mesmo tempo que de Mar — denota a segurança de suas informações: as Musas de Hélicon mereciam crença; a menor de suas palavras era uma flecha para sua realidade.

Termos e Noções