Panikkar (RPDB) – Nobres Verdades Budismo

E então, tendo superado a tentação do santo, que é fazer o bem, a tentação do político, que é utilizar os meios igualmente para fazer o bem, a tentação do monge, que é renunciar a todas as coisas para sentir-se bem e fundamentado; então, naquele parque de cervos, chamado ísipatana, juntou-se aos cinco monges que reencontrara e lhes disse:

“É preciso evitar esses dois extremos. E quais são esses extremos? Um deles é buscar e desejar o prazer. Tem origem no afetivo, é vulgar, é ignóbil, não tem em si proveito algum, e leva a renascer. O outro extremo é a busca do ascetismo, do desagradável, do sofrimento, da renúncia, e é do mesmo modo doloroso e inútil.”

Esses dois extremos devem ser evitados. E continuou: “O Tathâgata (nome que não se sabe se ele mesmo ou a tradição dava, mas o texto pâli assim o transmite), em compensação, evita esses dois extremos e caminha por uma vereda do meio, que é um caminho luminoso, lindo e inteligível; é um caminho de serenidade, que leva à paz, ao conhecimento, à iluminação, ao nirvana.”

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