- tradução
- Original
tradução
Quando falo sobre quietude —
quando te digo para ficar quieto —
não é fácil para todos seguirem.
A maioria das pessoas aqui são de diferentes
contextos, práticas, sadhanas;
e, portanto, sentem que precisam fazer algo,
colocar algo em prática.
Quando digo: “Fique quieto”, não é uma prática.
Não há nada a ser feito
e nada a ser desfeito.
Isso não pode ser seguido.
Não há nada para pensar,
não é necessário fazer nenhum tipo de esforço.
Esta é uma indicação da quietude
Que estou falando a respeito.
A verdade sempre existe.
Só a existência é.
É chamada satyam.
Nós falamos sobre iluminação,
mas primeiro criamos servidão.
A servidão não existe.
Como podes remover aquilo que não existe?
Primeiro, os mestres impõem um conceito de servidão
e então várias práticas são prescritas.
Pode haver milhões de livros no mundo,
milhares são publicados todos os dias.
Em nenhum lugar é dito: “Fique quieto”.
Quando simplesmente dizes “Fique quieto”,
sobre o que é o restante do livro?
Não há ignorância em absoluto;
existe apenas existência — existe apenas satyam.
Se simplesmente ficares quieto, saberás que apenas isso existe.
Antes que o sol nasça de manhã cedo
primeiro não tenta remover a escuridão da noite.
O sol não diz: “Deixe-ME afastar a escuridão
e só então, durante o dia, eu ME levantarei.”
Para o sol não há noite,
não há trevas a serem removidas.
O sol nem sabe que existe algo como a noite. Que prática é necessária para remover a escuridão,
onde está essa escuridão?
Todas as práticas implicam a realidade da escuridão,
da ignorância, quando na verdade elas não existem.
O rio na areia é uma miragem;
não existe, nunca existiu.
Se você se aproxima cada vez mais, a areia nem está molhada;
é apenas uma crença que nos faz correr atrás de uma miragem, nada mais.
Existe apenas satyam; só existe a verdade.
Que necessidade há de prática?
É apenas a prática que está ocultando a verdade.